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Número 43 - Julho 2022

Do Preconceito ao Orgulho

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Por Sarah Branquinho, Chief Diversity & Inclusion Officer

Junho é o mês do Orgulho Gay, assinalando o assalto da polícia em 28 de junho de 1969 ao Stonewall Inn, um bar gay em Greenwich Village, Nova Iorque, em que a polícia começou a empurrar os clientes para o exterior. A tensão escalou rapidamente quando os clientes resistiram à prisão e a crescente multidão começou a atirar garrafas e moedas aos agentes. A comunidade gay de Nova Iorque, farta de anos e anos de perseguição por parte das autoridades, explodiu em tumultos na vizinhança, que se prolongaram por três dias.

Essa revolta se tornou um catalisador para o emergente movimento pelos direitos dos homossexuais, com a criação de organizações como a Frente de Libertação Gay e a Aliança de Ativistas Gays, seguindo o modelo do movimento pelos direitos civis e do movimento pelos direitos das mulheres. Os membros realizaram protestos, reuniram-se com líderes políticos e interromperam reuniões públicas para responsabilizar esses líderes. Um ano após os motins de Stonewall, foram realizadas as primeiras marchas de Orgulho Gay do país.

O termo «Orgulho» é atribuído a Brenda Howard, uma ativista bissexual de Nova Iorque, conhecida como a «Mãe do Orgulho», que organizou a primeira marcha de Orgulho Gay para comemorar o 1.º aniversário da revolta de Stonewall

Nós não somos o que os outros dizem que somos. Nós somos quem nós próprios sabemos que somos e nós somos aquilo que amamos. É assim que deve ser. - Laverne Cox (atriz americana)

Em 1978, o artista e designer Gilbert Baker foi incumbido por Harvey Milk – supervisor da cidade de São Francisco e um dos primeiros dirigentes declaradamente gays eleitos nos EUA – de fazer uma bandeira para as próximas comemorações do Orgulho Gay da cidade. Baker, um importante ativista dos direitos gay, adotou as faixas da bandeira americana, mas inspirou-se no arco-íris para refletir os diversos grupos dentro da comunidade gay.

O artista americano não binário Daniel Quasar (que usa os pronomes xe/xyr (em português, elu/delu), atualizou a bandeira do arco-íris em 2018. O novo design celebra a diversidade da comunidade LGBTQ.

Cada uma das faixas horizontais está associada a um tema:

  • Vermelho = luz
  • Laranja = cura
  • Amarelo = luz do sol
  • Verde = natureza
  • Azul = harmonia
  • Índigo = espírito

E as cores na seta representam comunidades específicas

  • Negro/marrom = pessoas de cor marginalizadas
  • Rosa/azul/branco = indivíduos transgêneros e não binários
  • Negro = os que vivem com AIDS e são por isso estigmatizados, bem como as vítimas da doença

Muitas pessoas das comunidades onde vivemos, no local de trabalho e, de fato, em nossas famílias e grupos de amigos, cresceram em uma época em que ser homossexual, bissexual ou transgênero significava muitas vezes viver uma vida de medo, vergonha e dissimulação.

Só em 1990 a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais. Em alguns países, as pessoas que se identificam como LGBTQ+ ainda não são aceitas e vivem sob o medo de exposição, ataques e rejeição. Felizmente, em geral vivemos em um mundo mais progressista e na maioria dos países todos, independentemente de sua orientação sexual, podem ser seu verdadeiro «eu».

Junho é uma oportunidade para celebrar tudo o que é LGBTQ+, aprender e reconhecer as injustiças passadas e presentes, e encontrar maneiras de tornar o mundo mais inclusivo. É um momento para refletir e acolher a inclusão de pessoas de todo o espetro da expressão sexual.

Não importa quem você ama, onde você ama, porquê você ama, quando você ama e como você ama. O que importa é que você ama. - John Lennon

Muitas pessoas se abstêm de falar sobre orientação sexual e identidade ou expressão de gênero porque sentem que é um tabu ou porque têm medo de dizer a coisa errada. Incluímos neste artigo um glossário, que foi escrito para facultar às pessoas palavras e significados que ajudem a tornar as conversas mais fáceis e mais confortáveis.

A comunidade do Orgulho Gay tem um grande coração e acolhe com agrado o envolvimento de aliados – um aliado é alguém que defende, apoia e encoraja as pessoas ao seu redor; nesse caso, alguém que é heterossexual e/ou cisgênero, e que tenta fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas que se identificam como LGBTQ+.

Para quem lidera pessoas, o mês do Orgulho Gay é um lembrete para avaliar a inclusividade de sua organização e trabalhar em prol de uma cultura de trabalho que celebre, encoraje e eleve TODAS as identidades.

Nós na Dufry, esperamos ter um ambiente diversificado e inclusivo, no qual as pessoas se sintam seguras falando sobre suas vidas e experiências – se for isso o que elas querem fazer. Alguns de nós preferimos compartilhar menos sobre nós mesmos do que outros, mas todos temos o direito de saber que, o que quer que escolhamos compartilhar, isso não significa que nossa carreira sofra ou que nos sintamos desconfortáveis no local de trabalho.

Uma equipe diversificada em identidade e expressão sexual, tanto quanto em idade, gênero, raça, etnia, cultura, deficiência e religião, traz experiências, perspetivas e experiências variadas para organizações como a Dufry. Ela fomenta a criatividade, permite uma melhor tomada de decisões e torna as organizações resilientes e eficazes; nós na Dufry estamos empenhados em atrair talentos de todos os segmentos da sociedade, à medida que aumentamos nossa capacidade de recrutar, contratar, promover e reter uma equipe diversificada e com talento. Promover a inclusão é parte da construção de uma cultura inclusiva, mas os gerentes, as equipes de RH e os líderes empresariais precisam apoiá-la com suas ações.

Em maio, endereçamos um convite a todos os colegas para que contribuíssem com suas opiniões para o artigo sobre o Orgulho Gay deste mês, e esperamos que suas ideias tenham sido incluídas aqui. Se você gostaria de compartilhar qualquer comentário ou sugerir como podemos tornar a Dufry mais inclusiva, não hesite em comentar no Beekeeper ou em me enviar um e-mail para inclusion@dufry.com

Esperamos que nossos colegas LGBTQ+ sintam que seu local de trabalho na Dufry é um espaço seguro. Podemos estar apenas começando nossa jornada de D&I, mas estamos empenhados em ser firmes e desafiar a discriminação – quer se trate de microagressões ou de incidentes graves – e claros quanto ao nosso apoio a todos os membros de nossa comunidade, independentemente de suas características e da forma como se identificam – e antes de tudo, nesse mês do Orgulho Gay, independentemente de sua orientação sexual.

OBRIGADO aos membros da comunidade LGBTQ+ da Dufry que chamaram a atenção para o fato de, no primeiro inquérito D&I, termos misturado gênero e orientação sexual na mesma questão demográfica. Estamos gratos por terem levantado essa questão, que será abordada no próximo inquérito D&I, previsto para outubro de 2022. Contamos com sua participação! O inquérito é anônimo e nos ajudará a definir os próximos passos em nossa jornada conjunta de D&I.

COMPREENDER-NOS UNS AOS OUTROS:

LGBTQ+: Un acrônimo para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer/Questionando com um sinal de «+» para reconhecer as orientações sexuais e identidades de gênero ilimitadas no uso cotidiano.

Seguem-se alguns dos termos mais usados – pode encontrar mais em: www.hrc.org/resources/glossary-of-terms

  • Assexual: Uma pessoa que não sente atração sexual. Algumas pessoas assexuais sentem uma atração romântica e outras não.
  • Aliado: Uma pessoa (normalmente) hetero e/ou cisgênero que apoia membros da comunidade LGBTQ+.
  • Bissexual: Descreve uma atração romântica e/ou sexual para mais de um gênero.
  • Cisgênero/Cis: Pessoa cuja identidade de gênero coincide com o sexo que lhe foi atribuído à nascença.
  • Gay: Homem que tem atração romântica/sexual por outros homens
  • Disforia de gênero: Pessoa que sente desconforto ou angústia quando o sexo de nascimento atribuído a essa pessoa não é aquele com o qual ela se identifica.
  • Expressão de gênero: O modo como uma pessoa escolhe expressar externamente seu gênero (comportamento, vestuário, características corporais ou voz) e que pode ou não estar de acordo com os comportamentos e características socialmente definidos tipicamente associados ao ser masculino ou feminino.
  • Identidade de gênero: O sentido inato que uma pessoa, seja homem, mulher ou outra coisa (ver não binário) tem de seu próprio gênero, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento.
  • Heterossexual: Homem que sente atração romântica e/ou sexual por mulheres ou mulher que sente atração romântica e/ou sexual por homens.
  • Intersexo: As pessoas intersexo nascem com diversas diferenças em suas características sexuais e anatomia reprodutora.
  • Lésbica: Mulher que sente atração romântica/sexual por outras mulheres.
  • Não binário: Adjetivo que descreve uma pessoa que não se identifica exclusivamente como homem ou como mulher. As pessoas não binárias podem identificar-se com sendo tanto homem quanto mulher, qualquer coisa entre ambos ou como estando completamente à parte dessas categorias.
  • Queer: Termo usado por queles que preferem rejeitar quaisquer etiquetas de orientação romântica, orientação sexual e identidade de gênero. Este termo era usado anteriormente como um insulto, mas foi recuperado por muitos setores do movimento LGBTQ+.
  • Questionando: O processo de exploração da própria orientação sexual e/ou identidade de gênero.
  • Transgênero/Trans: Pessoas cuja identidade e/ou expressão de gênero é diferente do que seria culturalmente de esperar como base no sexo atribuído à nascença. Ser transgênero não implica nenhuma orientação sexual específica. As pessoas transgênero podem se identificar como sendo hetero, gays, lésbicas, bissexuais, etc.

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