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Número 41 - Dezembro 2021

Articular a Proposta de Diversidade da Dufry

Por Jorge Muñiz

Nessa edição de mundo Dufry, em vez de nossa tradicional entrevista de um para um, optamos por um formato mais diversificado, em uma entrevista de quatro para um. Augusto Deymonnaz (Basileia, Suíça), Freda Cheung (Vancouver, Canadá), Marie d'Hauteville (Hong-Kong) e Ranjith Kumar (Bangalore, Índia) subiram dessa vez ao palco para compartilhar conosco suas opiniões com respeito a Diversidade e Inclusão (D&I) na Dufry.

Os quatro pertencem à equipe principal designada para apoiar a Chief Diversity & Inclusion Officer Sarah Branquinho para dar forma e articular o plano de D&I da Dufry. Eles trazem consigo sua experiência, formações diversificadas e diferentes perspetivas e pontos de vista sobre este campo, enriquecendo, assim, a equipe com diferentes opiniões e experiências. Seu trabalho e contribuições serão fundamentais para ajudar a Dufry a concretizar sua ambição de construir uma empresa verdadeiramente diversificada e inclusiva.

Durante as entrevistas, surgiram muitas ideias e reflexões interessantes, e foi bem difícil escolher quais apresentar. Nas perguntas seguintes, compartilhamos com vocês suas opiniões mais destacadas.

Compartilhe conosco o que diversidade, igualdade e inclusão significam para você e sua função e porque elas são importantes...

De acordo com Freda, diversidade é assegurar que identidades diferentes sejam representadas em uma organização; equidade é reconhecer que nem todos partem do mesmo lugar, portanto alguns precisam de mais ajuda do que outros. Inclusão é assegurar que os pensamentos e ideias dessas diferentes identidades sejam todos ouvidos, valorizados e levados em consideração.

Um local de trabalho diversificado e inclusivo é um lugar onde todos respeitam as diferenças uns dos outros e têm as mesmas oportunidades para contribuir e crescer. Nós somos uma empresa multinacional presente em 64 países – comentou Marie – e, portanto, para mim, é ainda mais importante que tenhamos uma representação diversificada de culturas/gêneros/idades/orientações sexuais, etc., em todos os níveis da organização. Eu mesma sou uma estrangeira em Hong Kong e tive a oportunidade de trabalhar com pessoas de culturas e origens diferentes.

Qual é o aspeto mais desafiante de trabalhar em um ambiente diferente?

Todos eles reconheceram que o fato de que trabalhar em diferentes geografias e localizações, como nós, pode agravar as lacunas de comunicação. Quando as comunicações por e-mail ou telefone substituem o contato pessoal, é muito fácil ignorar outras formas de pensar e de lidar com uma situação. Um problema adicional é o uso de uma língua estrangeira para se comunicar com os colegas, pois compartilhar ideias e opiniões pode se tornar mais difícil. É verdade que, embora não substituam a interação pessoal, as ferramentas de videoconferência como o Teams estão ajudando a quebrar essa barreira.

Ranjith sublinhou a importância da cultura e da educação, e como é importante (e às vezes difícil) aceitar e abraçar as diferenças culturais, que dominam o ambiente de trabalho em muitos países. O senso de hierarquia e a relação patrão-empregado mudam de um lugar para outro, e até no mesmo lugar, de um contexto cultural para outro. Compreender este caleidoscópio de culturas que as equipes geograficamente dispersas representam constitui tanto um desafio quanto uma oportunidade, e também uma chave para o sucesso.

Todos vocês concordam que é essencial compreender as diferentes perspetivas de colegas com diferentes proveniências. Mas como vocês fazem isso?

Para Augusto, a abordagem é simples e direta. Ser humilde e compreensivo, pois não se pode saber tudo sobre todos. É uma questão de manter sua mente aberta a outros pontos de vista e perspetivas e estar sempre pronto para pedir – e receber – feedback. Em poucas palavras, pode levar um pouco mais de tempo para que as coisas sejam feitas; no entanto, isto garante um melhor resultado no final do dia.

E, como Freda destacou, resistir à armadilha do preconceito inconsciente, algo que só pode ser alcançado sendo curioso e encontrando tempo para aprender sobre pessoas de culturas diferentes da sua.

Embora o tema D&I esteja na agenda há muitos anos, ele está agora, mais do que nunca, em destaque, embora com diferentes níveis de aceitação e compreensão. Como você defenderia a diversidade, igualdade e inclusão perante os colegas que não entendem sua importância?

Para Marie, trata-se de criar um local de trabalho verdadeiramente diversificado e inclusivo, onde as ideias são ouvidas e implementadas. Trata-se de garantir que todos desfrutem de possibilidades e oportunidades iguais, independentemente de sua origem, e que se sintam confiantes para expressar suas opiniões e ideias.

Augusto e Ranjith concordam que é importante aumentar a visibilidade do sucesso que advém da concretização de um local de trabalho diversificado. Em um ambiente inclusivo, o pessoal é mais empenhado, resultando numa melhor circulação de ideias e, em última instância, mais inovação e criatividade.

Por fim, Freda aponta o risco de os decisores estarem cercados apenas por pessoas que são como eles. Ela acrescenta que ouvir e entender aqueles que foram negativamente afetados pela ausência de Diversidade, Igualdade e Inclusão é importante, pois às vezes, sem querer, esse preconceito inconsciente provoca dor a quem trabalha conosco.

Vocês todos têm uma equipe. Vocês podem me dar um exemplo de como vocês fazem para que seus subordinados diretos experimentem um sentimento de inclusão, pertencimento e igualdade no dia-a-dia?

Todos concordam que compartilhar e discutir projetos e atividades com o grupo para garantir que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, sempre agrega valor ao resultado. É também importante louvar as realizações da equipe e incentivar os membros da equipe a compartilharem ideias e iniciativas durante as reuniões.

Nas reuniões quinzenais com as equipes, Freda optou por incluir temas não relacionados a negócios, que vão além das tendências comerciais e melhores práticas; são discutidas questões como luto e medo, ansiedade e depressão, consciência da pobreza, história negra, igualdade de gênero, celebração da fé, saúde mental, LGBTQ2+, consciência da deficiência, herança asiática, herança hispânica, herança indígena/nativo-americana e direitos humanos. Isto permite tornar normais conversas sobre temas muitas vezes ignorados ou evitados.

Marie sai regularmente com a equipe para almoçar ou organiza algumas atividades de formação de equipe – uma grande oportunidade para ouvir e aprender mais sobre os colegas de equipe em um ambiente descontraído. Ela também está apostando em liderar pelo exemplo, mostrando que o equilíbrio trabalho-vida pessoal pode ser alcançado, trabalhando duro, mas criando seus três filhos pequenos e sempre tentando permanecer positiva, de mente aberta, respeitosa e curiosa.

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Freda Cheung – General Manager da Dufry para o Canadá e EUA

Nascida e criada em Hong Kong, mas quando era adolescente ela se mudou para o Canadá, onde vive e trabalha desde há 30 anos. Em 2006, ela entrou para a Aldeasa, que se fundiu com a World Duty Free e foi depois adquirida pela Dufry em 2016.

«Minha experiência de vida me moldou de modo a conhecer bem a importância da diversidade e ser a voz daqueles que são excluídos. Embora eu seja 100% chinesa, passei toda minha vida adulta no Canadá, que em si mesmo é um mosaico de mais de 250 origens étnicas. Isto me deu a oportunidade de ser curiosa e tentar entender muitas culturas diferentes da minha».

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Ranjith Kumar – Divisional CFO – APAC, EE, MEMEI

Originário da Índia, nascido e criado em Bangalore, ele entrou para a Weitnauar Tuxedo (atualmente Dufry), em Sharjah, como Finance Manager do país em março de 2000.

«Eu me considero um veterano da Dufry! É, eu já trabalhava na empresa mesmo antes de ela ser chamada de Dufry e vi-a crescer e se tornar o principal varejista de viagem que é hoje. Tive a oportunidade de criar e liderar equipes de vários países e várias culturas, e me orgulho de ter aprendido sobre o valor que isso traz para nosso negócio. A história da Dufry é uma história de crescimento e consolidação, não apenas de negócios e finanças, mas também de equipes e pessoas».

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Marie d’Hauteville – Procurement Director for ADI Operation (joint-venture Alibaba-Dufry )

Nascida em Lyon, França, ela viveu no Japão (5 anos) e no Reino Unido (5 anos). Depois de trabalhar em Paris por alguns anos, se mudou para a China. Ingressou no Grupo Dufry em junho de 2009, em Pequim; depois foi para Xangai, em 2011, como Commercial Director, e finalmente para Hong Kong, em 2016.

«Tenho uma formação multicultural (mãe japonesa/tailandesa e pai francês/norueguês) e falo muitos idiomas (francês, inglês, japonês, mandarim, alemão, etc.) que me ajudam a entender bem outras culturas e a aceitar as diferenças. Já vivi em diversos países e estou muito curiosa e com vontade de aprender novas línguas. Sou uma mãe de três crianças trabalhadora».

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Augusto Deymonnaz - Global Head of Trade Marketing

Nascido e criado em Buenos Aires, Argentina. Formado em Publicidade, com uma pós-graduação em Estudos Empresariais na Argentina e em mestrado em Marketing na Austrália. Ingressou na Dufry há mais de 15 anos, em operações na Argentina.

«Trago para a equipe minha formação e experiência latino-americana em ambas as operações e na sede, trabalhando com diferentes áreas da organização e nacionalidades. Tendo começado como assistente de marketing e crescido na organização, tenho experiência em diferentes equipes, grupos e níveis, bem como em equipes de marcas globais. Isso me dá uma visão muito ampla de nossa organização e de seu pessoal».

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