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Número 42 - Março 2022

Servir e Proteger

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Miguel Ángel, Chief Compliance Officer, está há pouco tempo na Dufry, mas não setor do varejo. Com uma longa história na distribuição varejista, ele lidera uma área que é crítica para a reputação e a governança corporativa de nossa empresa. Uma pessoa muito ligada à família, que aprecia uma escapada até ao norte da Espanha e uma boa refeição na companhia da família e amigos.

Por Jorge Muñiz

Poderia nos explicar em poucas palavras o papel da função de Compliance («verificação da conformidade») e como ela está estruturada na Dufry?

A principal missão da função de Compliance é fazer com que a conformidade deixe de ser uma tarefa meramente administrativa e burocrática e passe a contribuir com valor acrescentado para a empresa.

Isso só é possível construindo uma cultura empresarial de integridade e comportamento ético, construída com consciência, treinamento e colaboração em todos os níveis da empresa. Na verdade, o lema de nossa função é Conformidade começa com «C» e termina com você.

A função de Compliance repousa sobre três pilares fundamentais:

  • Uma governança da empresa forte e rigorosa, que cumpra as normas internacionais e as melhores práticas de mercado.
  • Uma gestão de riscos adequada, o que implica a correta identificação dos riscos – compreendendo seu real impacto nos negócios da Dufry – e o estabelecimento de planos para sua gestão.
  • Prevenção e deteção de fraudes, regulando o estritamente necessário, treinando e estabelecendo mecanismos de comunicação simples e acessíveis para todos os interessados da empresa, através dos quais qualquer comportamento antiético possa ser reportado.

Poderíamos dizer que vocês são a polícia interna da Dufry?

De modo algum! Não acho que nós sejamos a polícia interna da Dufry. Assumindo sua missão de servir e proteger, nossa intervenção é mais proativa do que reativa. Eu acredito firmemente que meu departamento tem de proporcionar aconselhamento preventivo e ter uma mentalidade de serviço em sua missão de apoio às operações e de formação de líderes responsáveis e éticos.

Isso não significa que não tenhamos ocasionalmente de vigiar e controlar certos comportamentos antiéticos, que não são tolerados nesta organização.

Porém, insisto, nosso trabalho tem de ser proativo. Penso que o treinamento é essencial, porque ele nos permite modelar os comportamentos e modos de agir que esperamos de nossos colaboradores. Em nossas vidas quotidianas, em nossas diversas áreas de trabalho, todos nós enfrentamos situações que podem levantar dúvidas. Nesses momentos, há algumas perguntas que temos de fazer a nós próprios: o que eu estou fazendo é sustentável no longo prazo? É ético? É bom para os clientes e outras partes interessadas? E se eu tiver dúvidas de natureza ética que o meu superior hierárquico eventualmente não possa esclarecer, a quem me posso dirigir?

É essa abordagem que queremos incutir na cultura da Dufry.

A reputação é um elemento fundamental em uma indústria de concessão como a nossa. Como é que a Compliance contribui para a construção dessa reputação corporativa?

Em uma indústria como a nossa, onde os aspetos de diferenciação entre as propostas de uma empresa e de outra quase não mostram diferenças, a Compliance pode ser um elemento diferenciador e, portanto, uma alavanca para gerar valor acrescentado.

Há cada vez mais elementos não financeiros ou técnicos que influenciam as tomadas de decisão dos aeroportos, marcas, investidores e funcionários. Do mesmo modo que nós somos analistas que valorizamos o desempenho financeiro e comercial, há outros analistas – de cada vez maior importância – que valorizam outros fatores, designados em conjunto pelo acrônimo ESG (ambientais, sociais e de governança corporativa), cujas avaliações de desempenho não financeiro influenciam os processos de tomada de decisões.

Uma forte cultura de conformidade impacta a reputação corporativa, é fundamental para atrair e reter talentos, e reduz o perfil de risco de uma empresa e a exposição a litígios.

Quem são as principais partes interessadas para a Compliance? Como é esse relacionamento?

Todo o mundo na Dufry. No entanto, o relacionamento é mais próximo com os gerentes de operações e com certas funções globais da empresa – Recursos Humanos, Jurídico, Financeiro, Sustentabilidade (ESG) e, é claro, Auditoria interna, dado o seu trabalho de vigilância e controle.

A conformidade não é uma competência do departamento jurídico?

Ela não deveria ser vista como uma subfunção da função jurídica. Há, evidentemente, muitas sinergias entre ambas as equipes, mas uma boa equipe de Compliance tem de ter autonomia e independência para fazer bem seu trabalho.

Você chegou à Dufry com um historial invejável incluindo a melhor nota nos exames de Certificação da Conformidade. Qual é o plano de desenvolvimento para a função?

Já foi feito um excelente trabalho, tanto em termos de estrutura e recursos quanto de treinamento e ferramentas de comunicação. O trabalho desenvolvido por Tobias Meyer e Alex Soto, bem como Karina Adriani e Solange Zanotti, é fantástico e estabeleceu uma base bem sólida para a empresa.

Nós estamos atualmente trabalhando na redefinição do modelo de Compliance que queremos. Feito sob medida para a Dufry, ele irá definir as principais funções e planos de ação no breve e no médio prazo.

Estamos também nos esforçando por chegar de melhor forma e a mais colaboradores da Dufry. Vamos, além disso, aproveitar as ferramentas que a Dufry já tem à sua disposição, como o Beekeeper, que, devido a sua capilaridade, nos permitirá alcançar mais pessoas e de uma forma mais eficiente.

Em um minuto:

Uma comida: Paelha, tortilha espanhola, presunto ibérico... Eu sou um «bom garfo».

Um livro: Gosto de romances históricos. Se tiver de escolher um: Os pilares da terra, de Ken Follet.

Uma cidade: Duas: Istambul e Florença.

Um filme: Um clássico: Intriga internacional, de Alfred Hitchcock.

Um hobby: Quebra-cabeças e mercados de rua onde se possam comprar peças vintage e antiguidades.

Um líder: Nelson Mandela.

Um aeroporto: Adolfo Suárez Madrid Barajas. É sempre bom regressar a casa.

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